Saci
Sacis são duendes travessos nascido de brotos de bambu em noites de tempestade que sincretizam características das culturas europeia, africana e indígena. Adoram fumar cachimbo, trançar a crina dos cavalos, estragar a comida, esconder objetos e andar por aí na forma de redemoinho, sendo sua touca a fonte de seus poderes mágicos. São conhecidos por todo o país.
Curupira
O Curupira é uma entidade guardiã em forma de menino de pele alva e cabelos avermelhados que protege as matas e os animais de todo o norte do Brasil. Tem os pés virados pra trás, para confundir quem o procure, e assovia para enlouquecer caçadores ou fazê-los se perder.
Iara
A Iara é uma espécie de sereia brasileira protetora dos cursos d'água que canta e encanta os homens para levá-los ao fundo dos rios, afogando-os. Em noites de festa, ela troca a cauda por pernas e vai dançar com os ribeirinhos. Contam alguns que fora brava índia, assassinada por seus irmãos invejosos.
Caipora
Caiporas, ora ditos múltiplos e ora um ser singular, são seres peludos que habitam o mato e protegem os animais. Andam sempre acompanhados por porcos do mato, e montam o maior deles. Podem ser tanto homem quanto mulher e acredita-se que tenham as capacidade transformar caçadores cruéis em bichos e trazer animais de volta a vida.
O Boitatá é uma serpente de fogo gigantesca, dona de olhos luminosos como faróis, que protege as florestas de queimadas e queima todos aqueles que exploram a mata indevidamente. A criatura odeia o ferro e pode tomar a forma de um tronco flamejante que incendeia quem o toque. Contam que fora uma serpente que sobreviveu ao dilúvio de Tupã.
Dizem que mulheres que enamoram padres, são amaldiçoadas e condenadas a toda noite de quinta pra sexta transformarem-se em uma mula preta demoníaca que corre por aí atacando transeuntes. A maldição é originária das lendas europeias e a moça pode ser desencantada ao ser furada com uma agulha benta até derramar sangue.
Cuca
A Cuca, também chamada Coca ou Santa Coca, é o principal bicho-papão do Brasil, aparecendo como uma bruxa que leva embora crianças teimosas e as devora. A lenda foi trazida de Portugal, especificamente das regiões de Minho e Algarve, onde acredita-se ser uma bruxa que pode tomar a forma de dragão.
O Boto, ou Uauiará, é um deus indígena com forma de boto-cor-de-rosa que, em noites de festa, se transforma em homem bonito e namora várias mulheres, abandonando-as, grávidas, ao amanhecer. Veste sempre branco e é reconhecido por um orifício na ponta da cabeça, o qual cobre com o chapéu.
O Caboclo D'Água, ou Negro D'Água, é uma espécie de homem-peixe guardião do rio São Francisco. Vive no fundo do rio e costuma virar barcos e atormentar pescadores mal intencionados, porém, as carrancas o espantam. É dito, em alguns casos, matar banhistas, e por isso, é caçado em algumas partes de Minas Gerais.
A Mãe do Ouro é fada incandescente e luminosa que habita os rios e lagos mineiros onde há ouro. Ela troca de casa periodicamente durante noites sem estrela, e assim, pessoas gananciosas seguem-na a fim de achar jazidas escondidas, porém, nunca retornam. O ápice de seus avistamentos foi durante o Ciclo do Ouro.
Espirito encantado de um menino negro maltratado até a morte e que ajuda pessoas a encontrarem objetos perdidos. Anda pelo sul do Brasil, montando um alazão baio, acompanhado de uma frota de cavalos e levando consigo uma vela.
O Mapinguari é monstro gigantesco que mora nas matas amazônicas e come tudo que vê pela frente. Se assemelha a um macaco peludo, extremamente barulhento e fedido, com uma boca enorme no meio da barriga e cascos no lugar de pés. Seu único ponto fraco é o umbigo, fora isso, é invulnerável.
Capelobo
Os capelobos são uma espécie de lobisomem indígena com cabeça de tamanduá, popular nas regiões do Maranhão e Pará, que se alimenta tanto de sangue e cérebro humano, quanto de filhotes de animais. Acredita-se que o primeiro destes fora um índio amaldiçoado e a única forma de matar um destes é um golpe no umbigo.
O Quibungo foi um velho amaldiçoado e transformado em bicho-papão gigantesco com uma enorme bocarra nas costas. Vem das sombras atrás de crianças teimosas para devorar. A lenda é famosa na Bahia, tendo sido trazida de Congo e Angola, na África.
Pisadeira é uma criatura de origem portuguesa, ora dita bruxa, ora dita demônio, que desce do telhado e se senta sobre o peito de quem dorme, causando-lhe pesadelos.
Ipupiaras são monstros marinhos indígenas que habitam a costa brasileira e atacam navegantes, comendo as pequenas extremidades do corpo, como os dedos e o nariz. São dotados de couraça rígida e corpo muito longo. Um destes foi morto em 1564, por Baltazar Ferreira, na capitania de São Vicente (RJ).
A Boiuna, ou Cobra Grande, é uma entidade indígena muito poderosa que aparece na forma de uma colossal sucuri preta. Sua maior alegria é matar pessoas, seja devorando-as ou virando embarcações, afogando seus tripulantes. Mora no fundo do rio Amazonas.
Corpos Secos são pessoas muito cruéis amaldiçoadas pela mãe a vagar pela terra na forma de um cadáver seco e carcomido. Habitam montes, se embrenham em árvores, andam acompanhado de abelhas e porcos-do-mato e correm atrás de pessoas a fim de matá-las. São conhecidos por todo o país, em especial Sudeste e Centro-Oeste.
Maty-Taperê, Matinta Pereira ou simplesmente matinta, são os nomes dados aos feiticeiros da região Norte que tomam a forma de ave misteriosa e voam pelas noites cantando. Quem ouve seu canto, deve oferecer-lhe um regalo, caso contrário, é praguejado. Ser matinta é uma maldição hereditária, mas pode ser passada de outros modos.
A Comadre Florzinha, ou Cumade Fulôzinha, é a alma penada de uma garotinha abandonada na mata pelos pais para morrer. Apronta todo tipo de crueldade e maltrata todo aquele que entra em seus domínios à noite. Habita a Zona da Mata nordestina.
A Teiniaguá foi uma princesa moura vinda de Salamanca pro Brasil e enfeitiçada pelo furioso Anhangá, condenada a assumir a forma de um lagarto de dia e mulher de noite. Por ainda possuir poderes, concede desejos a quem a captura. Habita o Cerro do Jarau, no Rio Grande do Sul.
Chibamba é um bicho-papão misterioso de origem africana, que aparece pelo sul de Minas Gerais dançando coberto por folhas de bananeira. Assusta crianças que choram muito ou não querem dormir, porém, é bondoso, pois não causa dano algum.
O Labatut é um monstro papão com uma fome insaciável que rouba crianças pra comer. Anda acompanhado de uma forte ventania através sertão nordestino, especialmente Ceará e Rio Grande do Norte. Sua origem está no cruel general francês Pierre Labatut.
A Alamoa, ou Alemoa, é uma aparição loira que surge no morro do Pico em Fernando de Noronha, e encanta homens infiéis e os atrai à morte. É aparentemente linda, porém, sua verdadeira forma é de um esqueleto horrendo. Acredita-se que a lenda fora trazida pelos holandeses.
O Pai-do-Mato, ou Pai da Mata, é ser misterioso, altíssimo como uma árvore, que vaga por aí e tenta "dar cabo" de quem o vê. Tem cabelos e unhas longuíssimos e é conhecido em diversos estados, como Alagoas, Pernambuco e Goiás.
Flor-do-Mato é o nome dado ao espírito encantado da falecida filha de uma índia e um homem branco. Protege a floresta e o animais, assim como adora flores e frutos. Aparece como uma índiazinha branca e arteira.
Moura encantada, com cabeça humana e corpo de serpente dourada, que guarda um tesouro encantado escondido sob a cidade de Jericoacoara, no Ceará. Para desencantá-la deve-se adentrar sua gruta mágica e fazer uma cruz de sangue em seu dorso.
Anhangá é um antigo e sombrio deus indígena que protege os animais filhotes ou feridos, assim como também reina sobre o mundo dos mortos. Ele anda na terra sob a forma de um cervo branco ou vermelho. Protege qualquer ser desprotegido e pune cruelmente os mal-intencionados.
Todas as Partes:
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