Mitologia Asteca - Deuses #1

Huitzilopochtli 

Huitzilopochtli, cujo nome significa “colibri azul da esquerda”, é o líder dos deuses astecas, sendo a divindade do estado e da guerra. Teria surgido no começo dos tempos como uma criação de Ometeotl, junto com Quetzalcoatl, Tezacatlipoca e Xipe Totec. Seus símbolos são o colibri e a Xiuhcoatl, sua arma mágica. Renascera como filho da deusa Coatlicue para protegê-la da rebelião de seus filhos. Após matá-los, Huitzi os transformou nas estrelas e sua líder, Coyolchauhqui, foi transformada na lua.

Quetzalcoatl

Quetzalcoatl, a serpente emplumada, é o deus criador e protetor da humanidade. É um dos quatro espíritos primordiais criados por Ometeotl que moldaram a terra, a partir do corpo do crocodilo primordial Cipactli. Foi o segundo sol, porém, acabou se enfurecendo e destruindo a humanidade com torrentes de vento. No quinto sol, desceu ao submundo, para recuperar os ossos dos antigos humanos e refazer a humanidade. É a única divindade que não aceita sacrifícios de sangue.

Tezcatlipoca

 

Tezcatlipoca (literalmente “espelho fumegante” em náuatle) é o misterioso deus da noite, das adivinhações, da morte e do sacrifício. Seus símbolos são o jaguar e o espelho negro, feito de obsidiana. Sacrificou um dos pés para atrair e matar a besta primordial Cipactli, e junto de Quetzalcoatl criar a terra com seu corpo. Foi o primeiro sol, mas enviou jaguares para devorar toda a humanidade e depois conspirou e derrubou os três sois seguintes. 

Xipe Totec 

Xipe Totec, “nosso senhor esfolado” em náuatle, é o deus da guerra, fertilidade e agricultura. É um dos quatro espíritos primordiais e representa o ciclo de renovação da vida. Como deus da guerra, ensina que se deve sangrar e morrer para trazer vida nova, igual às plantações, sendo assim, deus da colheita. Sua pele é de ouro, escondida por uma camada de couro, que tem de ser constantemente esfolada, assim como a casca do milho, que esconde os grãos dourados.

Tlaloc

Tlaloc (“aquele que faz brotar” em náuatle), ou Tlalocantecuhtli, é o sinistro deus da chuva. Possui um rosto monstruoso e uma personalidade destrutiva. Reina sobre Tlalocan, para onde vão os afogados e as vitimas das chuvas. Fora o terceiro sol, mas Tezcatlipoca sequestrou sua esposa, Xochiquetzal, e o deus, furioso, fez chover fogo sobre a terra, destruindo-a quase toda. Abdicou do trono do sol e se casou com a doce deusa das águas Chalchiuhtlicue.

Chalchiuhtlicue

Chalchiuhtlicue, cujo nome significa “saia de turquesa”, é a deusa de todas as águas, dos rios, lagos e oceanos, assim como das criaturas aquáticas. Fora o quarto sol, sendo justa e amável, porém foi ofendida por Tezcatlipoca, o que a fez chorar um dilúvio de sangue que inundou o mundo e matou boa parte da humanidade. Com isso, deixou de ser a deusa-sol, para se tornar a esposa do deus Tlaloc.

Mictlantecuhtli

 

Mictlantecuhtli é o senhor de Mictlan, o submundo, e o deus dos mortos. É representado como um homem esquelético ou cadavérico sentado em seu trono. Sua esposa é a bela Mictecacihuatl e seu mensageiro é Xolotl, o deus cão do submundo. Guardava os ossos dos antigos humanos dizimados nos quatro primeiros sóis, até que Quetzalcoatl foi enviado para buscá-los. Invejoso, Mictlantecuhtli armou para que o deus caísse em um buraco e danificasse os ossos.

Mictecacihuatl

 Mictecacihuatl, a senhora de Mictlan, é a esposa de Mictlantecuhtli e rainha dos mortos. É representada como uma mulher muito bonita, enfeitada com flores, e com o rosto pintado como uma caveira. Seu papel é proteger os ossos dos mortos e presidir sobre os festivais em homenagem aos mesmos, assim como o atual Dia de los Muertos. Acredita-se que Mictecacihuatl fora uma menina mortal sacrificada ainda criança, mas que foi tomada como esposa pelo deus do submundo.

Coatlicue

Coatlicue, “aquela que usa uma saia de serpentes”, é a mãe natureza, deusa da vida e da morte. Nasceu da terra primordial e foi mãe da maioria dos deuses astecas. Dentre seus filhos estavam as estrelas, que, liderados pela primogênita Coyolxauhqui, tentaram destruir Coatlicue quando esta engravidou da encarnação de Huitzilopochtli, porém, foram todos desmembrados pelo deus. Durante a insurgência, Coatlicue teve a cabeça decepada e do lugar nasceram duas enormes serpentes.

Mixcoatl

 

Significando “serpente das nuvens” em náuatle, Mixcoatl é o deus da caça, do clima e da subsistência, sendo representado pela via láctea. Sua mãe é a deusa Cihuacoatl, que o abandonou em uma encruzilhada, tornando-se assim a primeira llorona.

Coyolxauhqui

Coyolxauhqui, cujo nome significa “enfeitada de sinos”, é uma perversa deusa lunar. Ao suscitar uma rebelião entre seus irmãos e tentar matar sua mãe, Coatlicue, foi morta e desmembrada pela reencarnação de Huitzilopochtli e sua cabeça, lançada aos céus, se tornou a lua.

Xolotl 

Xolotl é o sombrio deus do raio, do azar e das deformidades. Seu nome significa “cão d’água” e sua aparecia varia de um cachorro (Xoloitzcuintle) antropomorfo com pés virados pra trás a um cachorro cadavérico e sem olhos. Seu principal papel é guiar as almas pelo submundo, Mictlan.

Huehuecoyotl

 
Filho de Xiuhtecutl e Chantico, “o velho coiote” é o deus da dança e da música, além de um grande trapaceiro. É conhecido por sua forte sexualidade e o hábito de criar guerras entre os humanos por diversão.

Xochiquetzal

Xochiquetzal, “a flor preciosa”, é a deusa da beleza, do amor e da fertilidade. Era a esposa de Tlaloc, mas foi sequestrada por Tezcatlipoca, o que culminou na chuva de fogo que findou o terceiro sol. Seu irmão gêmeo é Xochipilli, o príncipe das flores. 

Xochipilli

Irmão gêmeo de Xochiquetzal, “o príncipe das flores” é o deus da arte, das danças e dos homossexuais. É o patrono dos homossexuais e prostitutos e é associado, também, ao uso de plantas alucinógenas, em especial, flores. 

Centeotl 

Centeotl é deus do milho. É filho de Tlazolteotl e esposo de Chicomecoatl, também deusa do milho. Sua pele é amarela como o milho maduro.

Chicomecoatl 

Chicomecoatl, cujo nome significa “sétima serpente”, é a deusa do milho e da nutrição. Apesar de uma deusa da fertilidade, possuía um aspecto sombrio e perigoso, conhecido por matar pessoas apenas com seu abraço.

Xiuhtecuhtli

Xiuhtecuhtli (senhor do fogo), ou Huehueteotl (o velho deus), é o antiquíssimo deus do fogo, presente desde a criação. Sua fogueira que consagrou os deuses-sol. É esposo de Chantico e seus filhos são Huehuecoyotl e os quatro deuses coloridos do fogo.

Chantico

 

Chantico, “a moradora da casa”, é a deusa dos vulcões e do calor, seja o da natureza, da casa ou do corpo. É conhecida por seu temperamento explosivo e seus símbolos são o cachorro e a pimenta.

Tonatiuh

 

Tonatiuh é o deus-sol, seu nome significando “movimento do sol”. Era, originalmente, Nanahuatzin, um deus pobre e doente, que se sacrificou na fogueira de Xiuhtecuhtli para dar origem ao quinto sol, renascendo assim, como Tonatiuh. Para que tenha força para brilhar e se mover através do céu, o deus exigiu que sangue fosse derramado em seu nome, dando início aos afamados sacrifícios astecas.

Tecciztecatl

 

Tecciztecatl foi o deus escolhido para se sacrificar na fogueira do quinto sol, mas desistiu na última hora. Ao ver Nanahuatzin renascer como o sol em seu lugar, tomou coragem e pulou nas cinzas da fogueira e renasceu como Metztli, a lua.

Ehecatl

Ehecatl é o deus do vento, em especial, o vento da chuva. É o mensageiro e servo do deus Quetzalcoatl.

Itzpapalotl

Significando “mariposa de obsidiana” em náuatle, Itzpapalotl é uma terrível e sombria deusa guerreira. É a líder das Tzitzimimeh, deusas monstruosas da punição, e governante de Tamoanchan, o reino perdido.

Tlazolteotl

 

Tlazolteotl, “a deusa imunda”, a comedora da imundice, é a deusa da purificação, da sexualidade e dos vícios. É a deusa patrona dos adúlteros, tanto instigando os desejos e excessos, quanto expurgando e purificando os pecados, ao “comer as impurezas”. É a mãe de Centeotl.

Cihuacoatl

Cihuacoatl, a mulher-serpente, é a uma sombria deusa guerreira da maternidade e da fertilidade. Ajudou Quetzalcoatl a formar a humanidade, ao moer os ossos antigos e misturar com sangue. Reza a lenda que Cihuacoatl abandonou seu filho, Mixcoatl, em uma encruzilhada e ainda chora lamentando o fato. É a rainha das Cihuateteo, a choronas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário